(na tentativa de construir um mundo melhor e mais educado)
Como já não é segredo algum, no terceiro setor só há loucos. Aliás, acho que é pré requisito: Ou você tem de ser louco ou pedagogo.
O que cair melhor.
Hoje, então, além de louco e/ou pedagogo precisa também ter bom preparo físico, boa garganta – mas não boa voz, tão pouco afinação – e muita coragem de pagar micos, gorilas e kingkongs em frente à pessoas nunca vistas antes.
Aqui o trabalho é bem despojado, não precisamos vir bem arrumados ou ao menos penteados com já disse em outro post... Mas é tão despojado, mas tão despojado que as pessoas reúnem-se em um auditório, colocam 50 cadeiras em círculos e começam, às 09h00 da manhã de uma sexta feira ensolarada, a cantar em alto e (nem tão bom assim) som, músicas de infância com direito a todos os “tralalalalalaooooos” que conhecemos. Mas isso é normal, acontece sempre.
Normal também é senhoras de cabelos bem branquinhos, pularem corda em frente à janela de nossa sala, com direito à cantoria generalizada: “Salada saladinha, bem temperadinha....”, gritos de incentivo, gargalhadas quando uma delas se atrapalha e quase cai, palmas no final da performance. Legal também é a Lelê, o Zé e eu observando o momento que o chão irá se rachar e elas cairão dentro da piscina soterrada, (sim, por que no terceiro setor, se faz tantas reuniões que foi preciso cobrir com várias camadas de cimento uma simpática piscina para a construção de mais um espaço para elas) e nossa decepção quando isso não acontece.
Mas o mais estranho aconteceu antes do almoço: As pessoas saíram do auditório, e começaram a correr no meio do “quintal” da outra casa – ele é bem maior – enquanto riam e tentavam desviar das moças da cozinha com garrafas de café. Tudo muito divertido de se ver. Até o momento que entrei no banheiro feminino e dei de cara com um japonês – que não era o Rubão e nem o Daygo - com um olhar suspeito, todo encolhido entre o armário e a prateleira de colocar nossas bugigangas... Óbvio que o meu susto foi daqueles e tentei pensar o mais rápido possível, qual era a chance de ter entrado no banheiro errado...mas não me preocupei com um possível assédio, afinal, sabemos a fama dos japoneses*.
E fui obrigada a perguntar: “Moço, o que você está fazendo aqui?”
A resposta foi mágica, claro: “Psiiiiii....me escondendo....**”
E, ao som de latinhas batendo no chão e vozes desafinadas cantando “escravos de Jó”, desejo à vocês um final de semana cheio de boas risadas, como as que dei hoje.
Como já não é segredo algum, no terceiro setor só há loucos. Aliás, acho que é pré requisito: Ou você tem de ser louco ou pedagogo.
O que cair melhor.
Hoje, então, além de louco e/ou pedagogo precisa também ter bom preparo físico, boa garganta – mas não boa voz, tão pouco afinação – e muita coragem de pagar micos, gorilas e kingkongs em frente à pessoas nunca vistas antes.
Aqui o trabalho é bem despojado, não precisamos vir bem arrumados ou ao menos penteados com já disse em outro post... Mas é tão despojado, mas tão despojado que as pessoas reúnem-se em um auditório, colocam 50 cadeiras em círculos e começam, às 09h00 da manhã de uma sexta feira ensolarada, a cantar em alto e (nem tão bom assim) som, músicas de infância com direito a todos os “tralalalalalaooooos” que conhecemos. Mas isso é normal, acontece sempre.
Normal também é senhoras de cabelos bem branquinhos, pularem corda em frente à janela de nossa sala, com direito à cantoria generalizada: “Salada saladinha, bem temperadinha....”, gritos de incentivo, gargalhadas quando uma delas se atrapalha e quase cai, palmas no final da performance. Legal também é a Lelê, o Zé e eu observando o momento que o chão irá se rachar e elas cairão dentro da piscina soterrada, (sim, por que no terceiro setor, se faz tantas reuniões que foi preciso cobrir com várias camadas de cimento uma simpática piscina para a construção de mais um espaço para elas) e nossa decepção quando isso não acontece.
Mas o mais estranho aconteceu antes do almoço: As pessoas saíram do auditório, e começaram a correr no meio do “quintal” da outra casa – ele é bem maior – enquanto riam e tentavam desviar das moças da cozinha com garrafas de café. Tudo muito divertido de se ver. Até o momento que entrei no banheiro feminino e dei de cara com um japonês – que não era o Rubão e nem o Daygo - com um olhar suspeito, todo encolhido entre o armário e a prateleira de colocar nossas bugigangas... Óbvio que o meu susto foi daqueles e tentei pensar o mais rápido possível, qual era a chance de ter entrado no banheiro errado...mas não me preocupei com um possível assédio, afinal, sabemos a fama dos japoneses*.
E fui obrigada a perguntar: “Moço, o que você está fazendo aqui?”
A resposta foi mágica, claro: “Psiiiiii....me escondendo....**”
E, ao som de latinhas batendo no chão e vozes desafinadas cantando “escravos de Jó”, desejo à vocês um final de semana cheio de boas risadas, como as que dei hoje.
*explicação: É que japonês é mais inteligente...
**por que não basta cantar, correr e dançar. É preciso também ter coragem para brincar de esconde-esconde...
Um comentário:
Diba querida,
Acho que tem angu nesse caroço! Nós é que devíamos sair correndo, pular corda e cantar tralalalaô. Isso, claro, se arrumarmos tempo entre uma cagada e outra.
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