Tem dias que fico meio assim, como que perdido entre vozes e olhares. E te procuro olhando nos rostos das pessoas que passam por mim ou tento fazer com que seu olhar me encontre assim no meio da cidade onde nossos encontros se constroem; tem dias que penso intensamente que a única felicidade possível é te abraçar e sentir o calor do seu corpo e se transforma em magia o momento em que sinto sua boca de leve numa espécie de beijo quase roubado que, ao mesmo, tempo, traz a leveza do vôo de um pássaro; tem dias em que me surpreendo não pensando em outra coisa que não seja seu sorriso quando falamos das coisas que escrevemos entre copos de vinhos e os toques quase furtivos de mãos sobre a mesa.
Ou dos olhares que passam pelas pessoas como se fossem invisíveis. Tem dias em que enxergo ao longe um outro lugar e um outro jeito das coisas serem, dias de sol substituindo as noites quentes e outro tipo de luz incidindo sobre seu corpo e outro enquadramento pela teleobjetiva;
Dias em que me sinto forte e ao mesmo tempo exausto, em que lágrimas escorrem entre os sorrisos e que nem sei porque vestimos tantas armaduras se pressinto o que queremos ser a mesma coisa e o mesmo abraço e outros jeitos de fazer amor. Tem dias em que tudo me parece estranho e não reconheço as pessoas mais próximas e fico olhando a calçada e ouvindo ruídos de automóveis ao longe.
Tem dias em que minha pele fica arrepiada, ao sentir sua proximidade e me recordo da fotografia e imagino em outras fotografias, e produzo mentalmente um ensaio em preto&branco sob sons de Tom Waits onde o estado latente de nossos amores possam ser revelados e tem dias que são assim mesmo, uma fusão de sentimentos desordenados ao som de Coltrane my favorite things se alternando com Enya in book of the days e coisas assim como guardar rótulos de vinhos pensando em como foram bebidos; dias em que penso em usar o telefone e inventar coisas só pra te ouvir a voz e/ou fico sem nexo dedilhando a kalimba esperando que você venha afinar e musicar nossos desejos.
Tem dias em que meu sono é atribulado porque você existir transforma a realidade em sonho e me aparece sorrindo querendo ser, e estremeço e acordo sem saber. Tem dias em que a noite é longa, justamente porque estamos fisicamente distantes um do outro, e nem sei direito como é a cidade onde você mora agora e aí fico na praça agora vazia ouvindo um cara cantar stormy e penso em estrada e em outros caminhos, porém todos eles me levam a você, e dessa forma mantenho os olhos fechados achando que um dia, vai ter um dia em que você virá e, depois, não precisará mais se ir.
(Eduardo Barrox)
Ou dos olhares que passam pelas pessoas como se fossem invisíveis. Tem dias em que enxergo ao longe um outro lugar e um outro jeito das coisas serem, dias de sol substituindo as noites quentes e outro tipo de luz incidindo sobre seu corpo e outro enquadramento pela teleobjetiva;
Dias em que me sinto forte e ao mesmo tempo exausto, em que lágrimas escorrem entre os sorrisos e que nem sei porque vestimos tantas armaduras se pressinto o que queremos ser a mesma coisa e o mesmo abraço e outros jeitos de fazer amor. Tem dias em que tudo me parece estranho e não reconheço as pessoas mais próximas e fico olhando a calçada e ouvindo ruídos de automóveis ao longe.
Tem dias em que minha pele fica arrepiada, ao sentir sua proximidade e me recordo da fotografia e imagino em outras fotografias, e produzo mentalmente um ensaio em preto&branco sob sons de Tom Waits onde o estado latente de nossos amores possam ser revelados e tem dias que são assim mesmo, uma fusão de sentimentos desordenados ao som de Coltrane my favorite things se alternando com Enya in book of the days e coisas assim como guardar rótulos de vinhos pensando em como foram bebidos; dias em que penso em usar o telefone e inventar coisas só pra te ouvir a voz e/ou fico sem nexo dedilhando a kalimba esperando que você venha afinar e musicar nossos desejos.
Tem dias em que meu sono é atribulado porque você existir transforma a realidade em sonho e me aparece sorrindo querendo ser, e estremeço e acordo sem saber. Tem dias em que a noite é longa, justamente porque estamos fisicamente distantes um do outro, e nem sei direito como é a cidade onde você mora agora e aí fico na praça agora vazia ouvindo um cara cantar stormy e penso em estrada e em outros caminhos, porém todos eles me levam a você, e dessa forma mantenho os olhos fechados achando que um dia, vai ter um dia em que você virá e, depois, não precisará mais se ir.
(Eduardo Barrox)
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