segunda-feira, novembro 21, 2005

(Em terceira pessoa)

Cabeça fria, sangue quente. Inconsequentemente louco, inacreditavelmente firme nas decisões. Forte quando quer ser frágil, e frágil quando precisa ser forte. Bater de frente com o inimigo, sem antes ter lido o final da história.

Surpresas insanas, palavras cruzadas e informações perdidas. Amores vividos, coisas difíceis, coragem e palavras cuspidas. Jogo de corpo, uma eterna luta de boxe.
Vai em frente, lute pelo que se acredita. Mas venha pra casa no final do dia, são e salvo, ou somente, salvo.

Sanidade não combina com você. Continue assim, esse sorriso bobo, esse olhar carinhoso, os braços abertos acolhendo em um abraço apertado. Dar as mãos e continuar a caminhada. Dar os braços para sermos mais fortes. Sorria para mim. Seja frio, as decisões são cruéis.

Aceite a derrota e conte até 10.

Não é só a sua vida agora. Suas crenças e sua fé estão em jogo ainda, não desista, mas não complique. Respeite a ordem de chegada, entenda o que digo.

Sussurre aquela música quando sentir medo. É, medo. Você é humano, você sente algo. Você é calado e não confia em ninguém. O que há de errado?

Me surpreenda outra vez. Mas por favor, esteja bem, quando eu voltar.

quinta-feira, novembro 10, 2005

Pouco Que Sobrou

Em forma de prosa, começo meu post com uma música que diz bem mais do que penso. Marcelo Camelo (Los Hermanos) às vezes é um gênio...
"Vê, por onde você foi, cansei de procurar, não posso mais ficar com o pouco que sobrou, carrego o seu amor até não conseguir, mas hoje eu me senti dobrando devagar, tentei chorar por seu perdão mas não ouvi sinal, será que isso é normal.
Deus, proteja o filho teu. Não deixa o mal ganhar. Por onde se escondeu enquanto o céu caiu e a chave não abriu e a estrada se acabou e a ponte não passou pra lá desse lugar, eu vou tentar por mais um dia. Manda essa cavalaria que hoje a fé me abandonou...."

Agora que você já leu a letra da música e deve desconfiar mais ou menos do que se trata minha melancolia semanal.....

Então, eu abro a porta e na escuridão tateio a parede. Acendo a luz. Está tudo do mesmo jeito ainda, todas as fotos, todos os sorrisos, todas as conversas empilhadas em um canto ou esparramadas pelo chão.
Me surpreendo quando entro no quarto e ainda sinto o seu cheiro, e ouço vagamente a sua voz. De tão nítida, me dá a impressão que você entrará a qualquer momento, deixo-me então escorregar pela parede e me sento no chão.
As lágrimas teimam em cair, Toca uma música “não posso mais ficar com o que sobrou”, e o nó na garganta aperta, no entanto elas (as lágrimas) desistem.
Sou forte demais, penso.
Me perco, agora, nos pensamentos e com suspiros tento encontrar você. Mas você não está lá.
Uma série de perguntas invadem nossa casa. Será que é tão difícil assim? Será que não vale tanto a pena? O que me mata são as lembranças de nossos planos.
Levanto, vou a cozinha, caminho pela casa. Me olho no espelho, e vejo seus olhos, que tanto amo.
Faz falta seus olhares sabia? Faz falta me esconder no seu peito e me faz falta abrigar em seus braços, me faz falta os beijos barulhentos, e até mesmo seu mau humor. Faz falta as piadas sem graça, e a risada que rasgava o silêncio.
Não. Eu não posso amar sempre.

(Descobrir o amor aos 25. E o desespero de amar também. Sentir sua falta é o que faço de melhor.)

terça-feira, novembro 01, 2005

"Nobody knows it but you've got a secret smile
And you use it only for me
Nobody knows it but you've got a secret smile
And you use it only for me
So use it and prove it
Remove this whirling sadness
I'm losing, I'm bluesing
But you can save me from madness
Nobody knows it but you've got a secret smile
And you use it only for me
Nobody knows it but you've got a secret smile
And you use it only for me
So save me I'm waiting
I'm needing, hear me pleading
And soothe me, improve me
I'm grieving, I'm barely believing now, now
When you are flying around and around the world
And I'm lying alonely
I know there's something sacred and free reserved
And received by me only"

(semisonic - Secret smile)