quinta-feira, agosto 31, 2006

et caetera


(do latim: etc...)

Tia Diva, no auge de sua sabedoria resolve ajudar o sobrinho Rafael a contornar seu problema com a leitura. Para isso, adquiri uns exemplares de contos infantis (por que tem letras grandes e textos curtos) e lá vamos nós iniciar nossa primeira leitura:

“- O burro Adamastor
Gosta de tocar tambor;
Quando não aparece ... "

Daí apareceu a dificuldade para ler a palavra “ninguém” e eu entrei em ação. Resolvi utilizar o método de antônimos...

- Rafa, quando você não é alguém, você é um....

A resposta veio rápida, com o sorriso de “matei essa”

- Um fantasma.

E a resposta foi com tanta certeza, que eu desisti até mesmo de contestar, por que de certo modo, até que o garoto tem razão...

segunda-feira, agosto 28, 2006

É mais ou menos isso...



O maior desejo da boca é o beijo.
(acho que vim pra te ver...)

quinta-feira, agosto 24, 2006

Do meu tamanho.

(esse post tem quase o mesmo tamanho das minhas pernas. E é o primeiro dos 26 anos de vida.)

“Sei pouco de mim, mas tenho a meu favor tudo o que não sei...”
Clarice Lispector

Hoje o dia é meu, eu bem sei. E hoje também todas as homenagens e lembranças devem ser prestadas a mim; no entanto, desejo manifestar mais uma vez, por mais um dia, minha gratidão por todos os que fizeram e fazem parte da minha vida, da minha alegria, de todo o meu mau humor, e de meus muitoooos dias risonhos pelo mundo.

Agradeço os muitos carinhos, os muitos cochichos, as risadas, as lágrimas e os lencinhos, os encontros de última hora, as noites comendo pastel e hotdogs, os bolos de fubá e chazinhos (substitutos perfeitos do bolo confeitado de aniversário), as situações “rescue”, o amor, a presença sempre eterna, os sorrisos dos meus cinco grandes caras. Andrews, Priscila Vassoler, Fê Zanata, Rê Badech e Vanzas.

Pela comidinha que nunca está pronta, mas ela tem sempre uma boa sugestão do que fazer, desde que eu faça. Pelos favores em que ela responde com “desde que inventaram o favor, eu nunca mais ganhei um tostão”, pelas vezes em que ela me diz: Quando você vai crescer?, e por quando me pergunta: “Promete que você não vai crescer nunca?”, pelas risadas das gafes dadas em conjunto, pelas lamentações seguidas de algum tipo de piada, por ter me ensinado a ser uma pessoa quase boa, por ter me ensinado que o importante é ajudar o outro, por que o mundo é redondo, e por ser tão contraditória como eu. Mamãe.

Pela voz, pelo olhar, pelo beijo, pelo coração imenso. Pela paciência, pelo amor “absurdamente” desmedido, pelo limiar. Pelas brigas, pelos entendimentos, pelas saudades sentidas mesmo quando estamos juntos. Por todos os dias desses 10 anos. Nico.

Agradeço às tardes no cinema, os encontros às escuras e os desencontros à luz do dia; os dias de domingo de conversa séria e os muitos cafunés. A lembraça que todo dia 07 de março é “nosso aniversário” e a definição que a nossa amizade, nada mais é do que amor que se eternizou. Grande cara, grande personagem da minha vida, grande amigo. Ricardo Serra.

Pela compreensão dos meus atos nem sempre tão educados, por entender que meu sorriso muitas vezes é para segurar as lágrimas, por ter a porta sempre aberta nos meus momentos “vou estrangular alguém”. Pelas parcerias sempre bem sucedidas em situações eternamente caóticas, em eventos surpresa e pelas coisas “cagadas porém limpinhas” que o trabalho nos presenteia. Douglas e Glaucy.

Pelo sorriso sacana, comentários ácidos, pensamentos fascistas, pela ironia à flor da pele. Mesmo sabendo que tudo isso é fachada, por que de verdade, seus olhos o denunciam, dizendo o quanto é doce e terno esse grandalhão. Leandro.

Por alegrar minhas manhãs. E as tardes. E todos os dias de trabalho. Pela risada desenfreada em qualquer situação, sem importar se é de alegria, de tristeza ou por que o chefe caiu da escada. E por nunca querer ler nada. Goretti.

Por me mandar emails fofos, cheios de carinho. Por me dizer que eu podia ser sindicalista ou então profissional de marketing. Silvio.

Por fazerem tanto por mim. Por abrir o portão de madrugada, por tentarem limpar minha barra com meu papito e sempre me complicarem ainda mais, por tirarem sarro por qualquer coisa, por me sacanearem em qualquer situação, por serem meus, pelas conversas no quintal de madrugada, pelas leituras de tarô, pelo colo quando estou mal, e pela macarronada quando estou mal, muito mal. E por me deixarem ser sempre muitooo possessiva. China, Gordo, Almir, Lú (que é quase minha mãe), Kátia, César, Ricardo, Lisete e Bia.

Por serem quem são. Tão importantes para mim. Por me amarem tanto e por eu os amar tanto. André, Diego, Felipe, Gustavo, Vítor e Gabriel (super gêmeos ativar!!), Dandarah, Rafael, Miguel, Sabrina – e os que são de coração: Mayara, Lala, Juan, Pedro e Karla.

Amo vocês muito. De verdade. Aos montes. E muito, muito obrigada por tornarem o dia tão especial, por me fazerem tão especial.

quarta-feira, agosto 23, 2006

FINISH – 25 anos



Faltando 328,08* pés para cruzar a linha de chegada e completar 26 anos, resolvi rever como foram esses últimos dois anos. E noto como mudei pouco.
Ganhei uns quilinhos aqui e outros ali, mas qual mulher está livre disso? Fora isso, tornei-me um pouco mais calada, o que é um alivio para alguns ouvidos, menos sorridente e muito, mas muito mais sonhadora embora às vezes pareça ter tanto os pés no chão.

Em dois anos, firmei – poucas, mas muito boas – amizades, assumi grandes riscos sem ter a mínima noção do que aconteceria em seguida (pô, se nem Nostradamus conseguia acertar, imagine eu...) e tenho constantemente ganhado e perdido na batalha que chamo de amor.

Ainda gosto das mesmas coisas: Chocolate Shot, Coca cola (vicio assumido e cultivado com carinho e dedicação), brigadeiro queimado, lavar roupa de madrugada, hot-dog do Neto, e sempre, sempre caminhar na Avenida Paulista; Conservo o CTR na mão esquerda e meus olhos ainda brilham daquele jeito besta quando vejo um dos cinco grandes caras. Quando os vejo todos juntos então...

Permaneço preguiçosa, preferindo a boa cama à caminhada. A sombra fresca de uma arvore ao som das batidas frenéticas de academia, continuo devota da feirinha de antiguidades ao ar livre (melhor do que o ar condicionado do shopping), ainda cochilo no meio da missa de domingo sentada no mesmo banco (aquele que fica à esquerda do padre, lááá no fundo, onde não podem me ver direito – o que me garante um bom sono), morro de amores e de orgulho dos sobrinhos. Coleciono cães, mas tatuo gatos.

Continuo a mesma que era a dois anos atrás. Com todas as imperfeições e perfeições de antes. Ainda acredito que nosso coração não muda de lugar, ainda acredito em papai Noel e em saci pererê.
Ainda acredito em romantismo e apaixonados eternos. Acredito que um dia haverá um político que realmente faça tudo aquilo que prometeu, sem levar um tostão a mais. E acredito ainda mais, que um dia todos serão felizes, cada um ao seu modo, mas com a intensidade que almejamos.

Aos 25 anos, torço pela chegada dos 26. Não pela festa, nem por presentes, mas sim pelo alívio. Pelo término de tudo o que me doeu a alma e o coração nesse ano. E pela felicidade de ter descoberto o Leandro, com seus abraços que me salvam o dia, a Renata com seus lindos olhos, o Silvio por todo seu carinho virtual, pelo Beto e Alexandre com suas tiradas de mestre e provocações, por você que me lê, e por você aí de Manaus que me alegra pacas com seus textos suicidas. Por vocês (e só por vocês) desejo que ele dure um pouquinho mais.


Surpresa boa: O Dudu me ligou para dar parabéns, na data errada claro, depois de 12 anos longe. Coisa boa, muito boa... Inundou-me o coração de alegria, e me trouxe um monte de boas lembranças.
E se eu ainda tivesse orkut, esse seria o profile.



* =100 metros

terça-feira, agosto 08, 2006

Identificação...

Canção do Lobo (Petulante)
(Oswaldo Montenegro)

Você me disse que eu sou petulante, né?
acho que sou sim, viu?
como a água que desce a cachoeira
e não pergunta se pode passar
você me disse que meu olho é duro como faca
acho que é sim, viu?
como é duro o tronco da mangueira
onde você precisa se encostar você
me disse que eu destruo sempre a sua mais romântica ilusão
e destruo sempre com minha palavra o que me incomodou
acho que é sim
como fere e faz barulho o bicho que se machucou...

Sabe quando a gente ouve algo e se identifica? Pois é...tenho tentado mudar para melhor. Tornar-me um pouco mais doce, mais calma, mais compreensiva comigo e com os outros...Depois eu conto, se deu certo.

"Tô tentando fica com Deus, tô tentando que ele fique comigo"