sexta-feira, setembro 22, 2006

Preciso me encontrar

(o mestre: Cartola)





Deixe-me ir,
preciso andar
vou por aí a procurar
rir pra não chorar
quero assistir ao sol nascer
ver as águas dos rios
correr ouvir os pássaros
cantar eu quero nascer,
quero viver
deixe-me ir
preciso andar
vou por aí a procurar
rir pra não chorar
se alguém por mim perguntar
diga que eu só vou voltar
quando eu me encontrar
quero assistir ao sol nascer
ver as águas do rio correr
ouvir os pássaros cantar
eu quero nascer, quero viver
deixe-me ir,
preciso andar vou por aí a procurar
rir pra não chorar

(tenho tido mais saudades do que deveria. Gostei de ter falado com você hoje.)

quarta-feira, setembro 20, 2006

Poderooosa!


Já notaram o incrível poder que uma mulher tem sobre um homem quando está com o com os olhos bem maquiados e a boca apenas com gloss?
O poder de um espartilho preto?

O poder de um salto agulha?


Pois é. Descobri o poder disso tudo ontem. E olhe, é fabuloso.

terça-feira, setembro 19, 2006

Conto de Fadas

(para as mulheres do século XXI)

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa, independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para o seu colo e disse:
- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o nosso jantar, lavarias as roupas, criarias nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava...
- Nem morta!

segunda-feira, setembro 18, 2006

Uma manhã à toa no trabalho.

Tudo certo, até quando está errado.
Sabe quando você encontra tudo o que você sempre procurou em um cara? Sabe quando você gosta das coisas que ele te diz, acha graça quando ele te liga pra perguntar coisas bobas – das quais ele já sabe a resposta – e gosta do jeito que ele faz você se sentir?
Sabe, né?
Então, você sabe também como é encontrar o cara certo que tem a idade muito, muito errada, na hora errada, na cidade errada, no momento mais errado possível?
Sabe, né?

Então você entende esse mini post.
A última das infâncias felizes.


Hoje de manhã eu estava vendo um
programa que falava sobre crises de depressão em crianças e adolescentes. O medo da violência, as novas modas, a ansiedade complicam cada vez mais o fato de ser “PEQUENO” hoje em dia... E isso me fez pensar na minha infância (por que sou muito egoísta e sempre penso em mim).
Quando eu tinha meus 8, 9 anos a única preocupação era que as minhas havaianas não quebrassem quando eu estava correndo, por que não queria ser pega no barra manteiga. Ou então que às 18 horas que eu tinha de voltar para casa demorassem muito pra chegar.
Na minha infância, um bom dia era quando você voltava tão sujo para casa que sua mãe queria te colocar dentro da máquina junto com a roupa, e seu maior desejo era quebrar o braço – ou a perna – usar óculos e aparelhos nos dentes – tudo por que era bacana.
Tomávamos tubaína sentados na calçada, sossegadamente. Víamos Bambalalão, Bozo, Tom & Jerry e conhecíamos as músicas de cor e salteado. Imitávamos as vozes de nossos brinquedos. Éramos crianças.
Não tínhamos depressão como a molecada de hoje. Os piores dias eram os que não podíamos sair à rua; não por perigos como os de hoje, de assaltos, seqüestros e quadrilhas, mas sim, por que estava chovendo, tínhamos feito uma arte ou uma nota baixa nos prendia em casa.
O pega-pega era na rua de casa, o esconde-esconde também. Corridas eram de carrinhos de rolimã e partidas de futebol no campinho de barro – nada de videogame como hoje.
Crianças Obesas? Não dava tempo. Era engolir o almoço que a mãe ficava um tempão chamando e sair correndo. O tempo de brincar era muito precioso.
Me surpreende quando vejo meus sobrinhos se reunirem para organizar o campeonato. Quando nos empolgamos por pensar em barro e tombos históricos, eles vêm e nos pedem para ligar o videogame... Era esse o campeonato.

Ah, crianças... Ah, o perigo... Ah, a dita depressão.
A infância perdida deles. A memória que exige trazer a minha de volta. A última das infâncias felizes.

Se as crianças de hoje, fossem mais crianças, menos precoces, se ouvissem músicas para elas e vivessem uma vida infantil realmente, os psicopediatras (existe?) iriam a falência e eu não precisaria me preocupar em colocar mais um ou dois anjos no mundo. Por que elas seriam apenas crianças.



Uma graça essa menina!


E daí que sou grandinha o suficiente?
Sim, eu tenho medo do escuro. E nem é medinho de fechar os olhos que passa.
É pânico. Terror, de imaginar o bicho papão vindo puxar o meu pé, ou então o edredom (por que eu durmo encolhidinha pra evitar esses sustos). E durmo com a luz do abajur acesa, e para ninguém desconfiar a luz é azul, por que é relaxante! ;)
Sim, ainda como mingau de aveia na cama no domingo de manhã. A única diferença de quando eu tinha 08 anos e de agora é que eu não preciso levantar pra ir à igreja. Mas eu como por que as fibras fazem bem pro organismo.
Sim. Eu coleciono barbies. E tenho muito, muito ciúme delas. Mas juro que é pra minhas sobrinhas saberem como elas eram. (só saber, brincar não pode.)
Sim, eu gosto de bolhas de sabão. E acho que todas as crianças deviam ganhar um troço de fazer bolhas de sabão. São encantadoras. Para isso eu não tenho desculpas.
Sim, eu sou apaixonada por brigadeiros coloridos e pelo de chocolate puro também. Mas toda mulher é.
Dou risada sozinha – para desestressar, e assisto Chaves. Para passar meu tempo, óbvio.
Adoro comer danette. E danoninho. E paçoca (ah, paçoca é maravilhosa!).

Sim. Eu tenho muitas desculpas esfarrapadas para justificar minhas manias infantis.
(Sou uma criança grande. Caso alguém ainda não saiba disso.)

Boba até: Fiquei toda feliz por que o Rubem Alves respondeu meu e-mail. Ai, ai... Fãs são uma coisa.
(mesmo eu achando que deve ter sido algum assessor do homem que me escreveu.)





quinta-feira, setembro 14, 2006

"Conversa de irmã"

Escrevi mais um paragráfo para meu dia. E, convencidamente achei que ficou tão bonito que resolvi postar.
Por que escrevo muito, mas tudo reservo à segurança de meu caderno azul, bem guardado embaixo da cama, como se ali morassem os maiores segredos da vida.
Talvez ali, morem os meus segredos... E quem sabe, um dia, eu os publico.
"- E ele? Perguntou curiosamente a melhor amiga.
E com um sorriso frágil, daqueles que irão embora a qualquer instante, e saudade nas palavras, a moça respondeu:
- Não. Ele passou por mim e sorriu apenas. Mal sabe ele que não retribui o sorriso, por que se assim o fizesse meu coração sairia pela boca, e talvez minhas pernas deixassem de me obedecer, mesmo diante de todo o esforço que eu fazia...
Sensação de menina quando se apaixona pela primeira vez.
O segui com os olhos até ele sumir no horizonte, e fiquei apenas com muitos pensamentos na cabeça e vontades no coração."
Um dia, ainda escreverei tão bem quanto aos que admiro.
But it's time to face the truth,
I will never be with you.

quarta-feira, setembro 13, 2006

O que é perfeito para você?


Perfeito para mim, é o beijo do Miguel, a alegria da Sabrina, os abraços do Felipe e os sorrisos do André. Perfeição para mim, é a timidez do Gabriel e o mau humor do Vitor. É a desenvoltura da Lalá, a petulância da Maya, a vontade de realizar do Diego, a leveza do bailar da Dara.
O gol perdido do Gustavo e sua paixão pelo Coringão, a calma do Rafael.
Perfeito para mim são os dias em que todos eles estão em minha casa, e na hora de ir embora, resolvem acampar no meu quintal...é sempre divertido, e sempre uma bagunça perfeita.
E pra você? O que é perfeito?

terça-feira, setembro 12, 2006

Simples assim...

Sou uma pessoa saudosista assumida.
Tenho um prazer inacreditável em pensar no meu passado e às vezes vivenciá-lo novamente em pensamento ou junto de alguém que fez parte dele. Acho que sou assim por que o meu presente não me preenche o suficiente, meu presente não me faz tão feliz como era antes, as pessoas não são como as outras.
Sabe aquela coisa de “os outros são os outros e só”?

Mas, ainda assim, meu amor é teu.
(soa tão amargo. Mas hoje, esse é o meu sabor.)

segunda-feira, setembro 11, 2006

Esclarecimento

People, people!!!
As pessoas dos textos que coloquei não são as mesmas. Drew, é um anjo que amo absurdamente enquanto o "militar" do outro textinho é uma pessoa que vai melhorar um dia. Eu espero.

Um weekend com você.

Sopa?!

Lady Drew e Miss H. foram passar o feriado comigo. Quatro dias lindos em que eles me forçaram a consumir sopa com a promessa de desintoxicação. Eu achei mesmo é que ia bater as botas por inanição. Segue um rápido diálogo que tive com Drew, logo depois do almoço à base de sopa de abobrinha no 1º dia.


12h00 – almoço
12h10 – conversa com Drew.

- Drew, tô com fome.
- Mas você acabou de comer.
- Tomei sopa, e sopa não é comida.
- Lógico que é.
- E sopa lá enche barriga? Eu quero é sustância!
- Sopa te deixa linda.
- Mas eu não quero ficar linda.
-Ela não faz milagres mesmo. Toma esse chocolate.

Odeio a vida saudável... but, amo meu amigo que preza a minha beleza.
E viva as diferenças!

Jantarzinho báááásico com o amigo militar. Era para ter sido tudo divertido, por que tivemos de andar milhas até encontrar um restaurante aberto no sábado quase 23 horas, e quando encontramos, era chinês e ele não come comidas orientais.
Até aí, todo mundo sobreviveu.
Mas, o que me chateou e colocou o amor por ele à prova, foi o momento em que um casal etnicamente diferente cruzou nosso caminho e ele fez um comentário racista que foi mais ou menos como:
- Como pode um casal assim? (indignado)
- Assim como, chuchu? (devorando um cachorro quente)
- Ele negro, ela loira. (continuava indignado)
- Ahmmmmm.... tá afim da mulher do cara né?! (limpando a boca na manga da camisa)
- Não é isso... é que eles são diferentes (ainda estava indignado)
E a tonta, diz:
- Óbvio, né? Ele é menino, e ela não. (torcendo a lata de coke-light-lemon pra cair mais uma gotinha)
- Diva, eles são de raças diferentes! É inconcebivel que fiquem juntos! (surpreso com minha "imbecibilidade")
- Calma lá, Hitler latino. Raça pura por aqui, só se for "pura mistura". (muito P. da vida com a imbecibilidade dele)
Me surpreendeu de coração, um cara jovem, bonito e muito bem educado, ter essa visão ignorante da vida. E como eu sei que ele lê, quero que você saiba que a coisa mais sadia e mais incrivel do mundo é a diversidade.
E "teje" dito.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Bate papo matinal.

-Amor, vou comprar um carro menor pra você conseguir dirigir melhor...O que você acha?

- Impossível.

-Eu comprar um carro menor?

-Não, eu dirigir melhor.

E foi assim minha conversa matinal.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Doidices da minha vida

Quem me conhece, sabe que eu não bato muito bem das idéias. O Marco costuma dizer que sou “tipo assim, meio pancada”.

Mas meu problema de verdade não é ser pancada. Meu problema tem outro nome e definição.

Ele chama-se Silvia e é minha terapeuta, por que como boa doidinha, tem de ter uma terapeuta. Esse post então é pra contar sobre minha última consulta.

15h35
“-Então Dra. Silvia é isso que me chateia nessas coisas.” – eu já tinha contado o problema todo para ela, já havia ficado com voz de choro, mas tratei de me recompor antes que ela levantasse os olhos do papel.

A doutora abre a boca pra comentar o que eu havia dito, enquanto eu ficava imaginando o que ela escrevia naquele papel, ou se ela desenhava.

“-Ah, você precisa ser mais paciente. Vai dar tudo certo, lembre-se que Jesus te ama....

Pára Tuuuuudo! Como assim Jesus me ama? Eu gasto a maior grana e ouço que Jesus me ama? Devia ter ido a uma igreja, ia sair mais barato – pensei.

“-e tudo vai ser do jeito...”
15h50
Notei que a voz da terapeuta estava diferente. Resolvi então abrir os olhos (sim, sinto-me menos tímida quando estou com os olhos fechados) e surpresa! Ela estava aos prantos.

Minha médica-para-doidos-não-assumidos, estava aos prantos com a minha história, e eu com a consciência pesada por tê-la feito chorar, em sinal de respeito a paciente ou a cliente, sei lá como ela chama, resolveu explicar-se: É que tudo está tão difícil, e meu filho não me escuta, e blá, blá, blá – mais lágrimas – ahhhhhhh ta tudo tão complicado!

Sentei-me...segurei a vontade de rir da cena surreal da minha vida, e soltei:

16h00
- Dra. Silvia...você quer um abraço?

O lado bom é que eu nem precisei pagar essa consulta. E hoje, tinha outra, mas foi cancelada, por que a Dra. Silvia foi ao psiquiatra dela.

Eu? Continuo doida de pedra...quer dizer, louca não, inconsequentemente feliz!!!!
(ainda bem)