quarta-feira, março 28, 2007


"E não percebes que o que amam em ti é o brilho de eternidade em teu olhar?"

(Nietzsche)

segunda-feira, março 19, 2007

Uma linda você. Uma linda que vale por um quadrilhãozão de pessoas à minha volta aqui.
Obrigada por existir e por perturbar a minha existência...

E principalmente, obrigada pela força...

Amanhã: Dia de realizar os sonhos pendentes*.


(chuva de pensamentos desabafados em 16/03/07 às 21h00)


Meus amigos são as coisas mais valiosas que tenho na vida. Valem para mim, mais do que fama ou fortuna e todo mundo já sabe disso.
Sou uma pessoa perdida na vida, e com eles eu me encontro, quando não, eles me buscam em locais onde minha luz não chega.
Não faço muito idéia de como ir em frente sem os meus cinco grandes caras. Mas, acho que um dia, vou ter de aprender.
E o André, é um dos mais especiais. Ele é um anjo em forma de gente. Ou gente em forma de anjo. Ele é único.
Ele vê o incrivel lado bom das coisas ruins. Ele vê o amor onde não tem. E ele também vê a coragem em mim, mesmo que eu não a veja ali.
Ele ri, fala e toma cerveja tudo ao mesmo tempo. E não baba. Ou engasga. E ainda me faz rir. E desconfio seriamente que só inventaram o ditado "assobiar e chupar cana" por que no minimo, ele deve ter feito isso um dia.
Ele tem um sorriso lindo, grande, verdadeiro, gostoso de se ver e de ouvir. Tem uma simpatia, uma coisa toda só dele.
Ele é meu super herói. Só não voa e nem é indestrutível, mas tem todos os outros super poderes.
André - meu mineiro favorito - com todas as letras: Por toda a eternidade eu vou te amar, tá?

Ausência: Uma falta que fica ali presente*.

Não acredito que o show acaba quando se baixa as cortinas. Do mesmo modo que para mim a vida não acaba quando se fecham os olhos. Acho que sempre vai ter um segundo ato, um segundo abraço, ou outro sorriso.
Hoje, redescobri o sentido da palavra perda. Palavra que eu nunca fiz muita questão de saber por que existe, mas deve existir só pra fazer a gente lembrar que tem coração.

Sabe aquela música que diz: "quando o show acabar, a cortina baixar, adeus/como é lindo seu olhar, te admirar, adeus/Mineirinho parte minha, mineirinho meu amor... (...)", óbvio que essa não é a letra, mas é o que melhor se encaixa no momento.

Perdi o cara que me fazia rir durante horas, que me abraçava como se tivesse os braços maiores e melhores do mundo (por que talvez ele tivesse), que via em mim a mulher mais linda naquele instante, coisas de amigo sabe?
E nem pelos elogios, mas pelo amor que eu sentia (e sinto) por ele. Pela cumplicidade. Pela igualdade. Pela confusão. O cara que me aparecia com uma lata de cerveja na mão e dizia: 'bora lá em casa, minha neguinha'...'ô neeeega!'...
Eu ainda te escuto, André e vou te escutar pela vida toda. E ainda não acredito que tão precocemente você nos deixou. Me deixou. Sempre fui egoista, você sabe, e penso em mim agora. Penso em que sou sem você.
Penso em como vai ser levantar amanhã da cama e saber que eu não vou te ver quando sair à rua. Que você não vai estar dançando ao som da música que só você ouvia...sua própria trilha sonora. Que não vou mais te ouvir contando uma piada besta e rir sozinho, mas rir tanto que me faz rir junto. Que não vamos mais à Juiz de Fora (MG). E nem tomar aquele suco, naquele lugar que só você sabia o nome.
Ainda não me conformei, do mesmo jeito que nunca me conformo com nada. Odeio conformismo, você bem sabe.
Não sei se tenho raiva, não sei se choro, não sei se escrevo até meus dedos sangrarem. Não sei se levanto daqui e saio andando pela chuva para lavar a alma e compensar sua ausência.
Ei, tem internet aí no céu? Por que eu preciso que você continue me lendo, de todos os jeitos que só você sabe ler. Ler meus olhos, os pensamentos, as mãos e a alma. Que por muitos anos, foram duas.
Você sabia fazer valer a pena. Sabia como juntar partes quebradas e unir de uma maneira tão bem feita que não se viam os lascados depois... Tudo valia mais a pena quando você estava aqui.
Cada linha que escrevo, lembro de alguma conversa, de sua risada, do seu bafo de cerveja. Que nojo, André, que nojo.
E eu tô tão triste sabia? Tão triste por não te abraçado ou te feito um carinho antes. Por não ter você aqui me dizendo que vai dar tudo certo. Por estar me sentindo impotente. Por não ter te salvado...e ao mesmo tempo, contraditória como só eu, feliz, por saber que você vai ficar bem, que vai poder cuidar de todo mundo do mesmo jeito que você sempre fez. Que agora, estamos todos mais protegidos do que nunca.

Aos 28 anos você sai da vida, para entrar ainda mais na minha história. Obrigada por tudo o que fizemos juntos. Por todo o amor, por me ensinar a perseverar. Por sentar e conversar sobre o nada durante horas na calçada, por roubar brigadeiro de festa de criança só porque eu gosto, por me ensinar a compartilhar. Por me ensinar que sou a melhor pessoa do mundo, mas me lembrar que só perco pra você ;)!
Agora dá licença, que meu rímel não é waterproof e a última coisa que você ia querer é a sua neguinha de olho borrado, né? Vai lá e arrasa, meu amor.

*verbetes retirados do livro: Pequeno dicionário de palavras ao vento de Adriana Falcão.

sexta-feira, março 09, 2007

"Você está saindo da minha vida/E parece que vai demorar/Se não souber voltar, ao menos mande notícias/'Cê acha que eu sou louca/Mas tudo vai se encaixar"

(na sua estante - Pitty)

quarta-feira, março 07, 2007

Ando tão inspirada para escrever e atualizar, e renovar, e telefonar!

"Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça.
Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus.
Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso.
Com o tempo, sobretudo os últimos anos, perdi o jeito de ser gente. Não sei mais como se é. E uma espécie toda nova de "solidão de não pertencer" começou a me invadir como heras num muro. (...)
O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado com papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! (...)
Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa. (...)
A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está no deserto e bebe sôfrego os últimos goles de água de um cantil. E depois a sede volta e é no deserto mesmo que caminho.
Pertencer (trecho), Clarice Lispector
**em PoA - os pensamentos**
Aprontei uma ainda agora que, só posso ter uma explicação para minhas atitudes:

Acho que sou louca. Louca de pedra.

Poema do homem perfeito...


O homem perfeito é lindo,

tem um pouco de mistério

é belo quando está rindo

é belo quando está sério

O homem perfeito é bom,

tem um jeito carinhoso

e se fala em meigo tom,

causa arrepio gostoso

O homem perfeito é fino,

é solícito, e é fiel

tem a graça de um menino

e é mais doce que o mel

O homem perfeito adora

dar flores, botões de rosa,

tanto a uma velha senhora

como a uma jovem formosa

O homem perfeito tem energia,

nunca se cansa,

lava louça, cozinha bem,

gosta de qualquer criança

O homem perfeito é sensível,

adora arte,

gosta de dança e ballet

nunca haverá de magoar-te

Para encerrar a preceito

estes versos que alinhei:

se existe homem perfeito,

o filho da puta é gay.

segunda-feira, março 05, 2007

e no meio de uma ligação telefônica...



Bruno, do nada, me diz: "tão bonitinho esse seu sotaque..."

Fiquei até envergonhada...

Sobre mim (apenas o céu!)

Danette. Coca Cola e chocolate. Like a Stone. Shiatsu. Praça Benedito Calixto. Ligação à cobrar. Lanche do Neto. Carinho de criança. Olhar de amigo. Abraço apertado com farinha de trigo.
Walk on. Sorriso da minha mãe. Gargalhadas das minhas irmãs. Suco de Abacaxi. Piadinha sem graça. Não vá ainda. Pastel com você. Mão molhada no rosto e fogão novo a se descobrir. Noite com Langriss. Aula do Léo. Brigadeiro de colher – ou – brigadeiro da tia – ou – somente brigadeiro. Beijo na boca (na nuca e no pescoço). Esmalte marrom. Brilho com gosto de morango. Caminhar na chuva. Andar de mãos dadas. Cama (a minha). Mesa (qualquer uma). Banho (demorado). Lavar roupa de madrugada. Avenida Paulista. Bobagens com o Yuki. Riso à toa. Banho de cachoeira. Riacho Doce. Cinema. Meu cachorrinho. Fotos, muitas fotos. Seu allstar azul e o meu “comics”. Macarronada da mana mais velha. Vícios e virtudes. Cafuné. O ano de 1.996. Blog da Lelê. Batom. André em verso e prosa. Dormir tarde (acordar sempre atrasada). Workaholic. Dançar sozinha e acompanhada. Todos os cinco. Almoço com a Goretti, Rita, Aline e Vanessa. Abraços da Lígia, SMS do **Gui**, Comprar livro em sebo. Colo do mano mais velho. E implicâncias do mano do meio. Gente estranha. Gente nova. Gente. Da vida, quero a paixão. Ver o por do sol da laje. E ainda dizer que odeia gente apaixonada. Falar sozinha. E muito com os outros. Carinhosa. Tarô.
E o mundo todo num abraço.

Segredos para trocar

Numa caixinha pequena, numa caixinha de madeira comprada na loja dos chineses, guardam-se todos os segredos.
Os meus, os teus, os de todos, e também os de aqueles que se esqueceram deles por ai…
Espalho todos eles pelo chão do quarto, entre migalhas que se perderam, entre sombras de pó e vejo tudo o que nunca te contei; aquilo que nunca me disseste; aquilo que os outros já não querem, mas que lhes pertence. Os segredos como brinquedos espalhados trocando-se entre si nas roupas dos seus donos, emprestados num sussurro ao ouvido, numa qualquer pedaço de papel machucado e amarelecido pelo tempo, escondidos como segredos de bolso, desencontrados entre as suas verdades e menos verdades.
Juras de amor que nunca o foram; medos confessados; a raiz da árvore dos sorrisos, areia da praia dos medos; o bilhete de comboio só de ida para um qualquer amor, rasgado em pedacinhos com manchas de lágrimas.
Os seus donos? Eles próprios senhores de si a descoberto, por aquilo que deixaram espalhado por qualquer parte desta pequena caixa aberta no chão de pó e migalhas.
Em cada segredo o meu nome e o teu com assinaturas de punho ou letras de forma; nomes deles e delas com letras de chuva; as datas dos seus começos, rastos de vento do dia que se perderam; mapas de caminhos entrecruzados procurando um qualquer lugar com respostas para todas as perguntas. Perfume com aroma a vários tempos, com cheiros que se misturam já quase apagados.
Na caixinha, o rosto de todas as mãos, o selo quebrado com nome de partilha e as marcas de vários dias e noites em todos os lugares daqui e dali e qualquer parte.
Os segredos órfãos sem o serem, filhos de mãe e pai incógnitos procurando-se semelhanças e chorando ou rindo por apenas serem o que são e quem são.
Na caixinha aberta todos eles a espalharam-se com as migalhas e o pó do chão.
Tens segredos para trocar?

domingo, março 04, 2007

**Gui**


"Meu coração não sei por que

Bate feliz

Quando te vê...

E os meus olhos ficam sorrindo (...)"

Carinhoso - Pixinguinha


Preciso me vigiar o tempo todo, senão passo o dia aí em Porto Alegre.
Lembra quando eu te falei que você era o homem dos meus sonhos?

(conteúdo vetado por um lampejo de juízo...)

Um dia, eu posto o texto que fiz para você. E, se arrependimento matasse, já sabemos o final da história - afinal, book of the days.


**o titulo deve ser em tom de "Codinome Beija Flor" - não responda nunca meu amor**