segunda-feira, julho 31, 2006

Pessoas especiais...

Pessoas especiais não são donas de si, pertencem aos que ama.
Compartimentam o coração para poder melhor dividi-lo entre os que amam.
Pessoas especiais têm ouvidos na alma, para melhor escutarem as agruras dos que amam.
Pessoas especiais têm braços de infinito, para melhor abarcar os sorrisos e as lágrimas daqueles a quem amam.
Pessoas especiais têm em si a essência da amizade, para perfumarem o mundo com amor verdadeiro.
Pessoas especiais são como fadas, com dedos de condão, para tocarem com magia o semblante dos que amam.
Pessoas especiais são dádivas de Deus, para abençoarem os caminhos daqueles que cruzarem os seus.
Arlete de Andrade
(eu queria muito uma pessoa especial pra mim...)

"Não tenho medo dos meus gritos, tenho medo quando me silencio..."

(voltando de férias hoje... muito contra a vontade do coração)

quarta-feira, julho 19, 2006

Loucos e sérios


Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Louco que senta e espera a chegada da lua cheia.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Pena, não tenho nem de mim mesmo, e risada, só ofereço ao acaso.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça
Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.


(Bem, o dia internacional do amigo está chegando. E como sou virginiana e afobada desde sempre, resolvi agradecer antecipadamente o fato de vocês serem meus loucos amigos...sou muito grata à vocês.)

terça-feira, julho 18, 2006

Eu vou invadir os teus sonhos.

Encare isso como uma ameaça, e não uma tentativa de sedução barata.
Ontem, quando cheguei ao terceiro setor, ao entrar no auditório, trombei com o Marco Antonio.
Na verdade foi o contrário.

Cheguei ao trabalho, TROMBEI com o Marco, sequei o café que derramei no chão (sim, desastre é o meu sobrenome) e só depois entrei no auditório (pra cortar caminho pra minha sala sem ter que dar bom dia pra ninguém*).

Quando nos encontramos, a primeira coisa que ele falou foi:
“-Sonhecovoconti” – por que ele falou rápido, mas a tradução em português é:
“-Sonhei com você ontem!” – parei surpresa....
Que luuuxo! Alguém hetero sonhou comigo!!! Uhúúúúú. Mas daí eu tinha que perguntar:
**olhinhos brilhantes**
“-O que você sonhou?!”
Com seu olharzinho sedutor barato, ele completa:
“-Sonhei que estava em um simpósio de sociologia e te encontrei lá. Você estava trabalhando.”

Mas que raios. Tanta coisa pra ele sonhar e sonhou logo que eu estava trabalhando, ainda mais em um simpósio de sociologia! Devia estar trabalhando de graça pra variar minha vida de cagadapontocom.

No almoço, um pouco antes da Diva aqui conseguir queimar os lábios com comida quente, entra a Lú, toda animada na copa e solta:
“- Sonhei com você ontem!”
*pensamento interno: mais uma...*
“- E o que você sonhou?” – pergunta estúpida, já que previa a resposta
“-Que estávamos em um evento, tipo TEIA, que você tinha organizado.”

Viram? Mais uma que sonhou que eu estava trabalhando.

Fora que antes de vir trabalhar, minha irmã me ligou pra dizer que havia sonhado (!!) que me encontrava no casamento de uma amiga dela, eu nem perguntei, mas no mínimo eu devia estar trabalhando também. Então depois de povoar o sonho de meia dúzia, resolvi deixar claro que:

Casamentos, batizados, festa de 15 anos, crismas, bingo beneficente, simpósios, congressos, feiras hippies e de domingo... Precisando de organização de qualidade e mão de obra gratuita, já sabem quem chamar.





*pois é, pra variar eu estava muito mal humorada.

quinta-feira, julho 13, 2006

Desempregada do coração


(...) é só pensar em você, que muda o dia...

(inacreditavelmente) Ainda te amo muito.

segunda-feira, julho 10, 2006

Silvio, querido...


Pague sua parte em nosso acordo.
Continuo a espera de sua manifestação.
Beijo da "Diva"

sexta-feira, julho 07, 2006

Um show pedagógico.

(na tentativa de construir um mundo melhor e mais educado)

Como já não é segredo algum, no terceiro setor só há loucos. Aliás, acho que é pré requisito: Ou você tem de ser louco ou pedagogo.

O que cair melhor.

Hoje, então, além de louco e/ou pedagogo precisa também ter bom preparo físico, boa garganta – mas não boa voz, tão pouco afinação – e muita coragem de pagar micos, gorilas e kingkongs em frente à pessoas nunca vistas antes.

Aqui o trabalho é bem despojado, não precisamos vir bem arrumados ou ao menos penteados com já disse em outro post... Mas é tão despojado, mas tão despojado que as pessoas reúnem-se em um auditório, colocam 50 cadeiras em círculos e começam, às 09h00 da manhã de uma sexta feira ensolarada, a cantar em alto e (nem tão bom assim) som, músicas de infância com direito a todos os “tralalalalalaooooos” que conhecemos. Mas isso é normal, acontece sempre.

Normal também é senhoras de cabelos bem branquinhos, pularem corda em frente à janela de nossa sala, com direito à cantoria generalizada: “Salada saladinha, bem temperadinha....”, gritos de incentivo, gargalhadas quando uma delas se atrapalha e quase cai, palmas no final da performance. Legal também é a Lelê, o Zé e eu observando o momento que o chão irá se rachar e elas cairão dentro da piscina soterrada, (sim, por que no terceiro setor, se faz tantas reuniões que foi preciso cobrir com várias camadas de cimento uma simpática piscina para a construção de mais um espaço para elas) e nossa decepção quando isso não acontece.

Mas o mais estranho aconteceu antes do almoço: As pessoas saíram do auditório, e começaram a correr no meio do “quintal” da outra casa – ele é bem maior – enquanto riam e tentavam desviar das moças da cozinha com garrafas de café. Tudo muito divertido de se ver. Até o momento que entrei no banheiro feminino e dei de cara com um japonês – que não era o Rubão e nem o Daygo - com um olhar suspeito, todo encolhido entre o armário e a prateleira de colocar nossas bugigangas... Óbvio que o meu susto foi daqueles e tentei pensar o mais rápido possível, qual era a chance de ter entrado no banheiro errado...mas não me preocupei com um possível assédio, afinal, sabemos a fama dos japoneses*.

E fui obrigada a perguntar: “Moço, o que você está fazendo aqui?”

A resposta foi mágica, claro: “Psiiiiii....me escondendo....**”

E, ao som de latinhas batendo no chão e vozes desafinadas cantando “escravos de Jó”, desejo à vocês um final de semana cheio de boas risadas, como as que dei hoje.
*explicação: É que japonês é mais inteligente...
**por que não basta cantar, correr e dançar. É preciso também ter coragem para brincar de esconde-esconde...

segunda-feira, julho 03, 2006

Fiquei feliz quando te vi...



Fiquei feliz quando te vi por aqui...

Engraçado como uma única pessoa, em alguns instantes pode mudar todo o seu dia. Pode torná-lo melhor ou pior, deixá-lo leve e com cheiro de boas lembranças ou apenas endurecer um pouco o seu coração e cutucar velhas feridas.

Engraçado como você se descobre capaz de amar quando acreditava que aquela ou essa pessoa era apenas mais uma peça de um passado, como é doce o sabor do reencontro.

Estranho é o turbilhão de sentimentos e pensamentos que surgem no exato momento que você vê o outro, ou que você o reconhece. Que você admite para si mesmo a saudade que sentia... a falta que a pessoa te faz. Gostoso o abraço e o sorriso que você nota que o outro segura, mas que sem querer deixa escapar, as palavras não ditas no olhar.

Palavras como: “Senti sua falta”, “não acredito que você está aqui”, ou a minha preferida: “Te amo pra burro.”

As “fadas” que passam a dançar no seu caminho, ao melhor estilo de “Love Profusion”*....

Da ansiedade que dá pelo final do dia, pra poder ir jantar com a pessoa, em um convite que nem você esperava...


Mágica essa vida, não é?


*da eterna Diva Madonna.