quarta-feira, janeiro 17, 2007

Sob o céu da tua boca...

Fico pensando em como ordenar as palavras para que fiquem tão boas e bonitas no papel (ou tela) quanto as suas. Eu não sei dançar – nem valsa e nem entre as palavras – mas faço o possível para conseguir encantar um ou outro com meus movimentos tímidos, algumas vezes imperceptíveis.
Gostaria de escrever muitas coisas para você. Gostaria de poder dizer que sim, de verdade foi muito ruim o que aconteceu, mas acredito que pior mesmo é amar, mas ter de virar as costas, enfiar o sentimento no bolso e sair como se não houvesse acontecido nada em momento algum. Queria poder te consolar do meu jeito.

Te falar que tudo é apenas um surto normal de meninas e palavras mimadas por você... Que mais dia menos dia, virá à porta de teu apartamento a mesma beibe de sempre te entorpecer com seu perfume e enlouquecer com sua barba por fazer.

Sei que ausência se resume na vontade de incendiar o mundo todo e ficar sentado a soleira de sua porta observando o lindo espetáculo que as chamas produzem. Ou caminhar na chuva somente para que ninguém note as lágrimas que teimam em molhar seus olhos, te enchendo de orgulho e pena de si mesmo.

Sei também o que é ser amar, mas não poder ficar. Aprendi no dia do meu aniversário. Soube que mesmo amando mais do que se deve, ainda assim o amor do outro não poderia ficar ali, parado e de mãos dadas com você, vendo a banda passar. E mesmo sem nenhum poder, te peço que continue, ainda que sem musa, por que meu vicio já não posso controlar (e egoísta que sou coloco meus sentimentos acima dos teus.)

Mas eu não saberia em como te consolar. Ainda que fosse do meu jeito... justamente por não saber dançar – nem valsa, nem entre as palavras.

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