quinta-feira, maio 11, 2006

e o vento levou....

Parte I - Minha nada mole vida.

Tá, eu sei. Esse título é do programa do Luiz Fernando Guimarães, mas é que eu andei pensando e minha vida é bem mais complicada do que a do personagem Horácio.
Hoje começou logo daquele jeito: acordei atrasada, graças ao excesso de drogas consumidas na noite anterior (lasanha, chocolate e coca cola), ouvi o despertador tocar, gritar, berrar, ficar rouco e parar, mas meus olhos não queriam abrir de modo algum, e eu, ODEIO forçar as coisas.
Depois de um tempo, levantei e liguei a televisão pra ver a moça do jornal errar a previsão do tempo. Comemorei a derrota do São Paulo* e cochilei outra vez...

Parte II – Era só um vazamento.

Como levantei correndo quando a Ana Maria Brega gritou: “Acorda menina!”, meu chuveiro quase queimou, bati o dedinho no pé da cama, xinguei meio mundo, e quando fui sair voando do meu quarto - que teve a porta arrombada, a maçaneta quebrada graças as crianças que ficam jogando videogame – rasguei minha blusa.

Arghhhhh! Odeio o mundo. Saí bufando e fui pro ponto pra mais um dia da minha vida serviçal. Por sorte, meu ônibus passou em tempo recorde... Sentei-me confortavelmente, coloquei meus fones de ouvido e fechei os olhos fingindo dormir pra não ter que segurar a bolsa de ninguém. E comecei a acreditar que o dia ia melhorar.
Sabe quando você sente uma agitação? Abri os olhos e vejo o motorista mexendo a boca e quando tiro os fones, só ouço: “Sem pânico, o ônibus pode explodir”. COMO ASSIM EXPLODIR?
Levanta todo mundo correndo, descemos apavorados e pegamos outro ônibus.

Parte III – A lata de sardinha vencida

O ônibus que o motorista disse estar “vazio” tava era atolado de pessoas suadas e com um cheiro assim, digamos, não muito gostoso. Pergunto: Como assim, as pessoas conseguem esse cheiro logo às 09h00? Mas a vida ainda podia piorar.
Um transito dos infernos, entre uma curva e outra, vidros fechados por causa do frio, sobe um cheiro estranho. Alguém soltou um pum.
Mas não um pum, pum sabe? Foi um pum de sopa de urubu. E lá vai todo mundo torcendo o nariz, abrindo janelas e implorando aos deuses por misericórdia. E, quando o cheiro amenizou, o mesmo bastardo de uma figa, soltou outro potencializado.
Algum santo apertou o botão do sinal no ponto errado e eu desci em dispara. Respirei ar fresco, engasguei com a fumaça de um caminhão, e corri pra pegar o ônibus da frente. Entrei, e 2h00 depois consegui chegar ao trabalho.

Parte IV – Banho de sol do prisioneiro

Quando eu cheguei, minha mesa já estava repleta de papéis com recados da mesma pessoa... fingi que não vi nenhum.
Toca o telefone, e tem uma entrega no portão que ninguém sabe de quem é. Também não era minha, mas como sou vidente nas horas vagas, me chamam. Fico brava, xingo todo mundo outra vez, e mando os livros de volta pro remetente. E nem me importo, afinal, problema de quem pediu e não apareceu pra pegar.
Volto pra sala, p*** da vida e começa o trabalhinho de preso... separar, contar e prender canetas para um curso. Depois de tudo feito, me disseram que não era pra ter feito. Ri. Desesperadoramente lembrei do filme “Um dia de fúria”. Nada pessoal, claro!

(continuo amanhã, por que se eu ficar mais um pouco, me arrumam trabalho outra vez.)



*eu era muito são paulina até namorar um desgraçado que era mais do que eu. O namoro acabou e eu odeio o são paulo do fundo do meu coração.



Um comentário:

langriss disse...

sei bem como são essas coisas de acordar atropelando tudo, pegar um busante que bem poderia estar escrito "666 - Hell Express" e ainda pegarem no meu pé quando finalmente chego ao meu destino...

um dia as coisas mudam, Diva, elas sempre mudam... vc arruma um emprego melhor e mais perto da sua casa...

Beijo, Diva... extravase toda a sua fúria quando tiver oportunidade, mas naum deixe que tal fúria consuma vc por dentro...